Os riscos inevitáveis tantos e únicos
sussurram a coragem amadora
que defronta e enforca o medo
de arriscar fisgar a felicidade
não encontrada em qualquer esquina torpe.
Ventando entre os galhos
enfeitados com as folhas
que desejam sorrir e viver bem.
Perdidas nas encruzilhadas
das ruas frias e insensíveis,
berço do medo que apanha
o rotineiro medo sem a mulambo
no retrato das crenças
que pairam nas vindas
dos homens que não tentam
e não sabem arriscar o amor.
Dos homens que não contrariam
as desilusões e traições
assistidas nos palcos das atrações.
Hei de arriscar por entre as fendas
do vazio inebriado pelo tédio
da metamorfose que deixa tudo
na mesma bagatela.
Sou diferente mesmo e daí?
Sou igual aos que deixam
transparecer o que há na célula
desprovida de inverdades que só querem aparecer.
Sigo arriscando...E daí?
Não tem jeito, confie!
Siga-me e arrisque também,
sem medo de amar e se entregar
apenas se lance e se apaixone ardentemente.